A cantora, compositora e produtora musical MC Lullu celebra um ano prolífico que leva ao seu álbum de estreia. O trabalho autointitulado propõe uma fusão de estilos e com uma lírica afiada e pesada sem perder um caminho pop e bem-humorado.
O lançamento vem na esteira de um momento de alta para a artista, com lançamentos como “Soca No Meu Pix”, “Esqueceu que eu sou p*ta?”, “Automotivo Novinho Depressivo”, “Automotivo ASRM da Lullu” e “Me Papa Que É Pop”. Esta última rapidamente alcançou números expressivos nas plataformas de streaming e até ganhou uma versão speed.
MC Lullu descreve o álbum como uma evolução de seu processo de produção. “Nesse projeto eu fundi a minha capacidade de produzir música experimental e adapta-lá aos estilos contemporâneos que venho trabalhando com outros produtores, principalmente com o Brunin Xm. Durante todo o processo criativo eu tive intenção de enaltecer trabalhadoras sexuais, já que percebo que o funk proibidão se apropria do conteúdo sexual citando em várias oportunidades essas trabalhadoras. Portanto valorizar essas pessoas (lembrando que eu já fui uma delas) é uma contrapartida contra o estigma que quem exerce a profissão sofre, e foi norteador perceber que a partir disso eu conquistasse uma licença poética para fazer funk putaria com responsabilidade social. Pra mim esse álbum é uma consolidação de ideias e habilidades que venho desenvolvendo musicalmente até agora”, ela resume.
MC Lullu também traz parcerias importantes no álbum, incluindo colaborações com os produtores GM da Serra e o já citado Brunin Xm, além da amiga MC Nebulosa, destacando a diversidade de influências presentes no projeto. Foi assim que chegou à mistura de estilos que inclui funk brasileiro, dubstep, techno, industrial, phonk e punk rock.
Ser a produtora, intérprete e criadora do álbum tornou-se uma verdadeira prova para uma artista estreante como MC Lullu. Ela descreveu o processo como desafiador, mas também como uma oportunidade para quebrar padrões e criar algo verdadeiramente inovador. Dessa forma, o álbum é uma expressão autêntica de sua visão artística e musical.
“Foi cansativo, um gatilho para o meu TDAH, um alimento para o meu hiperfoco, uma dor nas costas infernal por ficar sentada horas durante meses na frente do set! Em determinado momento eu percebi que certos padrões impedem a evolução na música. Nesse álbum eu tentei quebrar o maior número de regras possíveis para trabalhar uma sonoridade e uma ideia única, que corresponde o mais fiel possível à minha percepção, já que o limite que tracei durante o processo de produção foi a minha capacidade de criar algo diferente, inovador e ao mesmo tempo confortavelmente audível”, resume MC Lullu.
Com este lançamento, a artista se estabelece como um novo nome multifacetado no cenário, diretamente de Belo Horizonte, onde surge uma produção musical efervescente. Sua música é uma fusão de influências que vão desde a eletrônica até o punk rock, grunge e death metal.
Em 2022, Lullu se destacou nas plataformas digitais com singles virais, conquistando milhões de streams. Agora, como uma das artistas em ascensão no cenário do funk no Brasil, MC Lullu está pronta para surpreender novamente com seu aguardado álbum que chega em um momento especial onde o hit “Automotivo Holiday” com DJ Brunin XM e a influenciadora Kinechan está galgando posições no cobiçado Top Viral do Spotify, chegando entre as 10 primeiras colocadas no Brasil e ao pódio, na terceira posição, em Portugal.
O lançamento é da Peneira Musical, que atua como selo, produtora e editora, com o propósito de impulsionar a arte de pessoas LGBTQIAP+, pretas, 50+ e periféricas em geral, apoiando, capacitando e tornando suas carreiras sustentáveis. Foi fundada em 2020, no Rio de Janeiro, pela cantora e compositora Elisa Fernandes, mulher negra, lésbica, periférica e cria de escola de samba, cuja obra e vida se refletem no selo.